sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Reflexão - Salmo 1

Salmo 1


Bem - aventurado é aquele que se alegra
 na lei do Senhor.



Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores.
Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite.
Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes: dá fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende, prospera.
Os ímpios não são assim! Mas são como a palha que o vento leva.
Por isso não suportarão o juízo, nem permanecerão os pecadores na assembléia dos justos.
Porque o Senhor vela pelo caminho dos justos, ao passo que o dos ímpios leva à perdição.


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No Salmo 1 é anunciada a temática de todo o saltério. Quem toma os salmos em suas mãos e os reza, medita dia e noite na Lei de Deus e sente prazer nela. Refaz faz bem para as pessoas. O homem ou a mulher que reza é semelhante a uma árvore que está plantada junto as águas correntes e que, no momento certo, dá seus frutos. A oração dá frutos no ser humano, fazendo-o "florescer" e prosperar. Pela oração, o ser humano entra em contato com a vida que Deus lhe deu. As suas folhas não irão murchar jamais. O que a oração acende não é um fogo de palha, nem um fruto efêmero, que passa rapidamente.
Há ainda outro efeito dos salmos para aquele que reza: "tudo o que ele faz prospera (Salmo 1,3). Nós reagimos a esta promessa com ceticismo. Experimentamos sempre de novo, apesar de nossas orações, que muitas coisas não nos saem bem. No entanto, essa promessa permanece. Pela oração nos asseguramos de que a nossa vida será bem-sucedida. é possível que aconteça de maneira diferente do que imaginamos; no entanto, é certo de que chegará a bom termo.
Para expor de forma mais clara o efeito curativo e frutificador da oração, o salmista usa o recurso do contraste. Quem não se preocupa com a lei do Senhor nem se importa com a oração é como a "palha que o vento dispersa" (Salmo 1,4). Ele fica a mercê de tornar-se sempre de novo consciente de que Deus conhece seu caminho. Pois na medida em que o orante pensa em Deus, Deus pensa nele. Ele traz Deus igualmente em sua mente. Sabemos naturalmente que Deus pensa em nós mesmo se não rezamos. Contudo, pela oração, trazemos essa consciência para dentro de nossos corações. Há, então, uma promessa em nossas orações. Aquele que reza assim é abençoado, é feliz. Sua vida é bem-sucedida e próspera. Ele entra em sintonia consigo mesmo. Todavia, a oração não é um pensamento breve acerca de Deus, mas sim uma reflexão dia e noite sobre a Lei de Deus. Os salmos determinam nossos pensamentos mesmo quando não rezamos. Eles devem orientar nosso olhar para Deus em cada momento, de modo que, a partir de Deus, nossa vida será frutífera.

Fragmento de :"Salmos que acompanham minha vida"
Autor  : Anselm Grün

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